Febre amarela: o que precisamos saber
Muito se tem falado sobre a febre amarela mas vejo também que muita gente não conseguiu entender tudo sobre ela então achamos interessante escrever sobre o assunto para ajudar e evitar que essa doença se espalhe.
Ontem (16/02/18) a OMS inclui todo Estado de São Paulo na área de risco de transmissão de febre amarela. Essa mudança visa alertar turistas internacionais sobre a vacina mas também é muito importante para as pessoas que moram aqui.
Antes de mais nada, o que é a febre amarela?
Ela é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus e transmitida por vetores (mosquitos).
A febre amarela é encontrada na natureza no ciclo silvestre e urbano.
A diferença entre elas é basicamente o vetor que transmite o vírus. Nas florestas é o mosquito Haemagogus e nas cidades o conhecido Aedes Aegypti.
É muito importante entender isso para não culparmos os animais, principalmente macacos. Eles são importantes para nós pois são eles que nos mostram onde a doença está ocorrendo na forma silvestre e nos dão a chance de buscarmos soluções para evitarmos uma epidemia em meio urbano.
Uma pessoa infectada não pode passar diretamente a doença para outra, mas caso um mosquito Aedes Aegypti pique essa pessoa, se tornará vetor da doença.
Infelizmente os sintomas são fracos ou até inexistentes e dificultam o diagnóstico. Sintomas que podem aparecer são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.
E o que fazemos agora?
O ideal é que caso você não tenha a vacina, procure um posto de saúde ou clínica particular. Atualmente está sendo feita uma campanha para que mais pessoas consigam ser vacinadas em um curto período, uma vez que existe a possibilidade da doença se espalhar.
Está sendo administrada doses fracionadas da vacina, 1/5 da dosagem total. Isso permite que 5 vezes mais pessoas sejam vacinadas. Porém, é necessário que a pessoa vacinada volte a tomar uma segunda dose 8 anos depois. Mas não se preocupem, pois essa dose menor funciona tão bem quanto a dose completa.
Outra dúvida que muita gente tem é se para quem tomou a dose completa existe a necessidade de tomar uma dose de reforço. Até alguns anos atrás, os estudos sobre a doença diziam que sim e que após 10 anos, a pessoa deveria tomar um reforço. Hoje em dia, com mais estudos a longo prazo da doença, os pesquisadores viram que a dose completa é suficiente para proteger a pessoa pelo resto da vida.
Além da vacina, outras formas de combatermos essa doença é evitando sua disseminação. As mesmas medidas da famosa dengue: não deixar água acumular em vasos, pneus, latas, etc., tampar caixas d’água e utilizar repelentes, telas mosquiteiras e roupas que cobrem o corpo todo.
Atualmente praticamente todo mundo pode tomar a vacina contra febre amarela. Quem deve tomar a dose completa são crianças entre 9 meses e 2 anos, gestantes (que moram em áreas de risco), viajantes internacionais e pessoas com alguma condição clínica especial.
A dose fracionada é recomendada para pessoas a partir de 2 anos, inclusive idosos e indígenas. Idosos devem passar por médico para avaliação prévia.
Existem restrições para algumas pessoas como alérgicos a ovo ou doenças autoimunes. Em caso de dúvidas, consulte seu médico.
Dos dias 29 de janeiro a 17 de fevereiro haverá uma campanha de vacinação no Estado de São Paulo. Caso você ainda não tenha a vacina, procure se informar sobre locais onde poderá tomar.